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segunda-feira, 21 de setembro de 2009
A relativização dos valores: o famoso "jeitinho brasileiro"
Vídeo de um ladrão pego em flagrante ao tentar roubar fios de cobre, é o "jeitinho brasileiro" de conseguir as coisas e tirar vantagem em cima dos outros.
Pensando sobre o que postar aqui, o tema me veio fácil sexta da semana passada: A relativização dos valores: o famoso "jeitinho brasileiro", me veio assim, c/ o título prontinho (ok, o título me veio qdo eu tava começando a dormir à noite, me veio o estalo, mas o tema foi aí) quando voltava pra casa depois da aula, depois de ter almoçado, quando, logo depois de passar em frente a uma banca de revista, uma sra. emparelhou comigo, junto c/ a neta dela _uma moça de seus 20 e poucos anos, creio_ e comentou, depois de ter olhado a capa d uma revista q provavelmente era d fofoca, q se pudesse, engravidava de Dado Dolabella e garantia uma pensão de uns R$ 15.000,00, feito fez Mônica ou foi Teresa ñ sei das quantas _ñ lembro quem foi o nome da famosa q ela falou, sinceramente, o nome dela ñ me interessou_ e se garantia pelo resto da vida. Ela falava e olhava p neta e p mim como se procurasse apoio no q dizia, e disse p neta q ela deveria arranjar "algo assim" _algo assim como ir no cinema, no supermercado, passear na praça, arranjar um bucho d alguém q tá montado na grana (ela só faltou colocar nesses termos e falava como se fosse a coisa + casual do mundo, um filho em troca da estabilidade financeira eterna, afinal o q é um filho, ñ é mesmo? Afffff.... Nem preciso comentar isso, né? _. A neta dela ñ estava gostando muito da conversa e fez cara feia, disse qq coisa q ñ entendi, mas acho q ela tb era contra aquilo assim como eu. Tive vontade d dizer umas verdades p velhinha, mas me contive e dei um sorriso amarelo e deixei elas passarem na frente pq meu ouvido ñ era penico p eu ter q ouvir tanta asneira (meu respeito pelos + velhos falou + alto, afinal, ela tinha idade d ser minha avó, devia ter quase 70 ou 70 e poucos anos, por aí). Outra coisa q me impediu tb d dizer qq coisa foi o choque d ouvir isso d uma pessoa idosa (aparentemente, pelo menos na minha cabeça, as pessoas + velhas ainda guardam (ou guardavam, ñ sei +....) seus valores morais, costumes de uma outra época em q se vivia c + ética, respeito e dignidade (e aí ñ me refiro a condições d trabalho, e sim a caráter msmo). Enquanto hoje, num contraste púrpura d tão drástico, qdo alguém acha uma mala de dinheiro d outrem e devolve sai no Jornal Nacional como se o cara fosse um herói (ou um E.T.), e ñ como se tivesse feito nada além de sua obrigação (provavelmente, pessoas q já fizeram isso vão ser taxadas de "otárias", "idiotas" e outros termos q ñ vou dizer aqui a bem da boa educação. Como se aquele comportamento, q deveria ser a regra e hoje é a exceção, deveria deixar d existir (sempre fui defensora dos Direitos Humanos, mas já passei por algumas situações em q achei o sistema da Índia simplesmente bárbaro: lá, se alguém esquece ou perde aluma coisa, o objeto permanecerá no mesmo lugar até seu dono voltar p/ buscá-lo, pois os ladrões de lá tem suas mãos cortadas, o q garante a tranquilidade, nesse sentido, no país. E ñ me orgulho por ter pensando assim nesses momentos, mas sou simplesmente humana e tem gente q ñ aje como se tal fosse, então a gente às vezes pensa se como tal essas criaturas deveriam ser tratadas...), refletindo o caos em q se encontra nossa sociedade). Fiquei me pensando aonde nós íamos parar... Se até os idosos tão pensando assim, q dirá os jovens?
Antes q eu pire e decrete q vai ser o fim do mundo daqui a duas semanas ou algo assim _"decrete", até parece, rs..._, me deixem retomar o raciocínio. Ainda na semana passada, outra coisa tb me chamou a atenção, uma amiga me contou q um grupo d jovens estudantes conversando, brincando, obviamente, de compra e venda d monografias. Um deles parecia ser inteirado do assunto e comentou sobre a prisão d alguém q tinha pssado na tv outro dia (nesse instante, ela disse q se preparou mentalmente p/ responder q era bem-feito, q era bom q prendesse tantos outros q fizessem isso pois era crime, q desmerecia o trabalhos dos universitários q tinham dado o sangue p fazer suas monos _como eu dei, e ela tb p. ex._, mas nem deu tempo dela responder, ao q parecia ele lamentava, como se tivesse sido uma pena, e até conhecia outras pessoas q prestavam esse tipo de serviço, comentando em tom de brincadeira. Ela tb me disse q uma moça q estava lá parecia muito interessada em comprar uma, ela falou brincando, mas dada a insistência dela, minha amiga me disse q ñ duvidaria se fosse verdade. Ela achou aquilo tudo muito esquisito, mas levou na esportiva e tal, e talvez ela nem fosse ver mais aquelas pessoas e ñ queria prejudicar ninguém tb (afinal, ninguém ali tinha cometido nenhum crime, pelo menos ñ q ela soubesse e, pelo q conheço dela, garanto q ela ñ queria saber). Foi bom ela ter me dito isso pq juntando c o acontecimento da velhinha e outras pequenas coisas eu tive meu tema p/ postar, só q tb fiquei indiginada c/ tudo aquilo. Assim como ela, tb condeno a compra e venda d monografias, ñ só pq é crime _o q já seria um bom motivo_, mas pq só quem fez uma monografia _e bem feita,e trabalhosa, e de tema inédito ou pelo menos pouco abordado o q torna a pesquisa + difícil_ e quase teve uma estafa ou um colapso nervoso sabe do q estou falando: indigna muito, dá raiva msmo, pensar q vc se lascou toda p conseguir e q chega um + "espertinho" e simplesmente compra uma, como quem compra um sorvete na esquina (é algo como, ñ é q a gente queira q as pessoas sofram, mas, saber q tem outras pessoas passando pela msma situação q vc alivia um pouco e torna o fardo + leve: vc ñ se sente só no meio do deserto, tem amigos c/ vc, sabe?).
[caption id="" align="alignleft" width="335" caption="César, de Caminho das Índias, o representante perfeito dos adeptos da 'lei de Gerson""][/caption]
Outro belo exemplo o famoso jeitinho brasileiro ou da "lei de Gerson" é a famosa fila tripla no trânsito. Seja c/ o carro em movimento ou estacionado, vem, + uma vez o "espertinho", e, sem paciência de procurar um lugar p/ estacionar, te fecha numa fila dupla ou tripla, e aí vc vai ter q esperar o cara aparecer _o q, geralmente só acontece qdo o dia já está amanhecendo e vc já queria ir embora há muito tempo (e de quebra ele deve aparecer bêbado... :S) _ p/ poder ir embora (no caso do carro em movimento, qdo vc está certinho, dentro das filas p/ pegar a ponte e vem um "espertinho" desses numa fila tripla e passa numa frente, aí vc fica c/ cara d idiota esperando sua vez, o q, por causa disso, demora + ainda. Outra situação, q vou encaixar aqui ñ por ser ilícita, mas por refletir aquele espírito de se dar bem em tudo, de sugar ao máximo de quem puder, como é o caso das declarações nas universidades. V6 já pediram alguma na univerisdade d v6, ñ é? Então sabem d q estou falando, já viram qto custa? Já sou formada mas faço pós, e lá tem convênio c/ uma faculdade q vem crescendo bastante nos últimos tempos, então, tudo da gente é por meio dessa facul, declarações, carteira d estudante vem c/ o nome do curso e da facul juntos, o diploma vai ser por lá tb, enfim, deu p/ entender. Acontece q essa msma facul cobra a "irrisória" taxa de R$14,00 por declaração. Isso msmo. Meu pai disse q antigamente os colégios e as faculs tb, ñ cobravam por isso, era tudo incluso na mensalidade ou, no caso de escolas, naquele valor q os pais pagam no começo do ano referente aquela famosa "taxa do papel" _ p/ q a escola possa imprimir as provas e os materiais q vão distribuir p/ estudante_. Hoje em dia é esse absurdo (e acho q ainda tem lugar em q a declaração é + cara, é só procurar...). Pior q eu tenho uma declaração q diz as msmas coisas, só q preciso de uma nova pq _vejam só essa!_ a declaração tem um "prazo de validade" de um ano da data q foi emitida e já passou um ano (como se declaração fosse uma lata de sardinha q depois d um ano _ou algo assim_ vc tem q jogar fora pq ñ presta +), aí eu tenho q "encher os bolsinhos deles" de novo, claro. Podia passar o resto do dia aqui citando muitos exemplos, e, c/ certeza v6 tb já passaram por vários, mas ñ quero me desgastar c isso.
O q eu sei, aliás, o q eu ñ sei, é como fomos chegar a esse nível das coisas como estão. Acho q é tb devido a essa descrença do povo no Congresso, por causa da corrupção q rola solta por aí, por tantas CPI´s q ñ dão em nada, pela robalheira q a gente vê dos grnadões tirando d quem ñ tem quase nada p/ ficarem c/ + ainda. Outro fator q enxergo é o individualismo q rege a maioria das sociedades atualmente: cada um por si e q vença o melhor (fruto d um capitalismo selvagem, mas ñ falemos nisso _e eu ñ sou contra o capitalismo, mas tem q ser um capitalismo social, aliás, dum Estado Fiscal Social, pq há limites_). Esquecendo q estamos todos no mesmo barco, q deveríamos agir como irmãos e ñ como inimigos, q , se cada um fizer um pouquinho esse mundo se tornaria um lugar bem melhor. A partir do momento q um jovem cede um lugar a um idoso no busão isso gera uma repercussão nas pessoas q estão nesse ônibus, o q fará c q, provavelmente, numa outra vez, uma delas ceda seu lugar p alguém q necessite, ou tenha a oportunidade d sentar qdo estiver precisando. Parece bobo, mas o homem é um bicho sociável _ok, nem todos, rs..._, então é natural q ele se espelhe no comportamento do outro p saber como agir, aliás, é isso q se espera d pessoas q vivem numa sociedade organizada, sendo fundamental p/ q ela se mantenha como tal (já pensou se todo mundo debandasse? Saísse quebrando vidros de lojas, estacionando nas vagas de deficientes, tocando fogo em ônibus só pq "ah, hoje eu tô a fim de arriar?" Seria o caos... Ñ é à toa q o lobo é o lobo do próprio homem). Ñ só o mínimo do mínimo _qual seja, ñ cometer crimes_, mas se alguém espera q as coisas melhorem, tem q arregaçar as mangas e começar vc msmo. Aí vc faz um pouquinho e seu vizinho(a) vê, acha legal (ou se sente levado a, compelido, o motivo a princípio ñ importa) e faz tb, e ele conta p primo, q conta p tia, q conta p avó, q conta p/ aquela fulana q sabe d tudo sobre todos e q é melhor q rádio p divulgar fofoca: qdo vê aquela atitude já se espalhou e sua rua, depois seu bairro, sua cidade, seu estado, sua região, seu país, seu mundo, estará se tornando um lugar melhor. Ñ pense no q os outros estão fazendo ou deixando d fazer, faça o seu q já está de bom tamanho. É aquele ditado q agora ñ lembro direito: todos disseram q alguém ia fazer, mas ninguém fez nada" (será q deu p entender o q quis dizer? De jogar a "responsa" p/ cima do outro?). Se ao menos fosse moda ter caráter, ser honesto, ajudar os outros, manter os valores morais e a educação... Então lanço aqui uma campanha, e quem quiser sinta-se à vontade p/ difundí-la: o meu pouco juntado c/ o seu, c/ o dele(a), c/ o nosso, faz um mundo muito melhor. Começe c/ pequenas passadas, ñ queira dar um passo maior q a perna, aos poucos, veremos q é possível sim, tornar esse mundo um lugar, tornar esse país um lugar melhor e + decente p/ nós e nosso filhos (e netos, bisnetos) viverem. De modo q, lá na frente, qdo seu bisneto for fazer uma pesquisa no Google 20.0 e ler a expressão "jeitinho brasileiro" ou "lei de Gerson" ela esteja lá na parte histórica, como comportamente comum no final do séc.XX, início do XXI, e aí seu bisnetinho vai virar e dizer p vc: "Bisa, mas a sra. é do tempo do "jeitinho brasileiro"? Fala sério!!!" . kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk....
Bjos e ótima semana a todos
;***
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Pois é... é revoltante mesmo! Ainda mais quando vemos que as pessoas que dão um duro danado tentando fazer as coisas do jeito certo sempre encontram mais dificuldades que a galera do "jeitinho brasileiro"... enfim, um dia isso muda! Eu tenho fé! :)
ResponderExcluirLourdes, adorei seu comentário. Concordo c/ vc, hoje em dia ser honesto(a) nesse país é ser taxado de otário(a), ninguém + dar valor a nada. Acho q vc teve direito aos bens dele pq ficou configurado q v6 viviam uma união estável. Louvável sua iniciativa de querer devolver os bens dele à família (claro q se v6 , por um acaso, já tinham começado a financiar a casa e vc contribuiu, tem direito a uma parte e ñ vai estar tirando nada de ninguém). Quer um conselho? Ñ divulgue por aí o q vc tá fazendo, desconverse, vc ñ deve dar satisfação da sua vida p todo mundo, continue c/ a ação (q sei q é demorada, fazer o q? :/ ) e deixe rolar (foi fogo esse negócio do juiz, viu? Affff...), converse apenas c/ a família dele, explicando q vc quer devolver tudo e pronto. Acredita em Deus? Se sim, acredite, sua recompensa está no céu e ñ aqui (por isso tanta gente ñ entende ;)). bjos ;***
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